Tentei... Juro que tentei, mas nenhuma resposta fixa permanece em mente, muitos porquês, muitas acções indesejadas, mas ainda mais, muitos se’s, se tivesse feito isto ou aquilo, não há uma única descrição possível para explicar este sentimento.
Sentimento de revolta, sentimento de desilusão, sentimento que sinto e ao qual não encontro adjectivo para dar.
Hoje parece que me arrancaram uma das pessoas que mais me fazia feliz e sorrir, por algum motivo te disse aquela palavra tão importante “AMO-TE”, depois de muitos minutos, muitas horas, ou até mesmo muitos dias a pensar se tinhas mesmo sentido com todas as letras, uma por uma, o que esta palavra transmite, sinto que foi em vão, posso até estar errada, pois não sou perfeita, mas sinto que nunca sentis-te mesmo isso, ou então não da mesma maneira que eu te amei, pois sim, eu amei-te e infelizmente ou não ainda amo, ainda não consigo estalar os dedos e como por magia fazer com que o sentimento que continua tão presente, como a angústia e as lágrimas que transbordam pelos olhos a cada palavra transcrita nesta simples folha de papel meio rasgada mas que ainda serve de rascunho para o que me vai no coração, desapareça e eu consiga dizer que fazes parte do meu passado e que não me importo mais contigo ou com o que sentes ou não.
Ainda estás tão presente que parece que tudo começou ontem e que num piscar de olhos acabou hoje, sim, errei, eu sei, tu também, mas só assim conseguimos dar conta do que fizemos.
Dia 29 de Novembro de 2011, algo me impede de mim própria conhecer, algo me impede de conseguir dizer que o meu nome é Mariana e que tenho 17 anos, e ainda, não consigo dizer porque razão ainda vivo. Não quero falar, não quero comer, não quero respirar, queria por instantes estar do outro lado e simplesmente descrever como é lá estar, e SE, o grande ponto da questão, SE gostasse então permanecer, onde não sentia, não sofria, onde nem o rancor e o ódio por mim mesma e pelos que me rodeiam (alguns, é óbvio), não me afectava, onde a dor não existia, onde não tinha de olhar ou preocupar com alguém que no seu inconsciente está presente mesmo não dando conta.
Hoje queria deixar de sofrer, se forte e esquecer,
Hoje sei que vou adormecer e amanhã renascer.